28 de novembro de 2009

Os destroços começam a se soltar.

No tarde de ontem a fuselagem da nau cruzmaltina deu seus primeiros sinais de desgaste (eu disse desgaste e não desastre!), Dorival Jr. abandonou o barco dando declarações no mínimo intrigantes, o mesmo tom foi usado por José Mandarino vice de futebol do clube.

De certo mesmo, é que a saída de Dorival vai ser sentida, mas as cifras especuladas (380 mil reais) para segurá-lo fariam muito mais falta aos combalidos cofres cruzmaltinos.

Algumas perguntas ficam sem respostas:
O que afinal foi dito nessa tal reunião de 3 horas?
Como uma relação tão cordial pode ter se desgastado em 15dias (como bem disse Dorival)?
Essas e outras perguntas só serão respondidas (como em todo acidente) com a abertura da caixa preta.

O que me deixa tranqüilo é que como bradou em sua campanha à presidência do clube, Dinamite prometeu um Vasco transparente (?), portanto, é provável que todo esse imbróglio seja esclarecido em breve.

...

Se a torcida do Flu ainda acredita no título contra a LDU (após o atropelo sofrido na altitude equatoriana) e se é verdade que o Imperador queimou o pé "fazendo jardinagem", porque eu não posso crer que a verdade dos fatos (se é que não estou “vendo chifre em cabeça de cavalo”) não virá à tona???


“... Sonho meu, sonho meu vai buscar quem mora longe, sonho meu..."





27 de novembro de 2009

O sentimento me fez refletir.

Passado todo esse tormento, atravessado com muito suor (algumas vezes desnecessário) e dedicação, é hora de usar a cabeça e projetar a próxima temporada com os pés no chão deixando de lado a euforia do objetivo alcançado.

A série B hoje é passado, mas precisamos nos policiar dia a dia para que não tenhamos surpresas desagradáveis no futuro. A vida nos prega peças e nessas ocasiões é preciso tirar proveito e ensinamentos para nossa caminhada.

Hoje o Vasco volta a estrelar a série principal do futebol brasileiro, mas não podemos esmorecer.

Estamos de volta, mas será que aprendemos a lição? Será que estamos curados?

Como numa clínica de reabilitação para dependentes químicos, o paciente não tem alta por estar curado, mas sim por ter concluído um ciclo de desintoxicação. A grande provação vem depois, quando o “reabilitado” tem de voltar a viver em sociedade e se manter íntegro, “limpo” (como eles se referem). Nada o impede de sofrer uma recaída e a sua força interior é a sua maior aliada. Assim é também com os clubes de futebol, no meu caso o Vasco.

Não podemos achar que vencido o pesadelo estaremos livres de novos fracassos. A torcida provou que estamos juntos nas horas boas e ruins assim como a família do dependente.

Quando ninguém acreditou, nós estendemos nossas mãos e ajudamos nosso “ente querido” a se reerguer, no primeiro ciclo nós fomos aprovados com louvor, agora precisamos dar continuidade ao “tratamento”.

Quero ver o Vasco grande! Não precisamos de compaixão de ninguém! Essa história de que o Rio torceu pelo nosso retorno é balela! Cada um torce pelo seu, não está nem aí para os outros... Eu não estou!

Quero que o Fluminense caia para pagar o que deve - não engoli essa história de ser campeão da Terceirona e no ano seguinte ascender direto para a primeira divisão!

Quero que o Flamengo seja vice e que o campeão seja qualquer outro!

Eu chamo isso de rivalidade e, quando eu deixar de me sentir assim, podem acreditar, o Vasco virou (com todo o respeito) um América!

Engana-se quem pensa que o Vasco caiu e que os demais aprenderam a lição, nos próximos anos cairão mais times de expressão e nos anos seguintes também. O processo de caça às bruxas não terminou, se o seu time ainda não passou por isso, certamente mais cedo ou mais tarde passará.

A justiça será feita, todo clube mal administrado, mal estruturado e sem planejamento, um dia passará por este calvário chamado série B. Um processo penoso, desgastante, angustiante, mas sem sombra de dúvidas, salutar! E esse é o momento de juntar os cacos e seguir em frente.

Eu sou Valdez Gomes, vascaíno, há 20 dias de volta a primeira divisão do futebol nacional.

Só por hoje!