28 de janeiro de 2010

Agimos certo sem querer, foi só o tem que errou.

Este post é dedicado a jogadores talentosos que ao seu modo não permitem que a técnica prevaleça em relação à força.








Alguns jogadores sofrem com a perseguição de determinados setores da imprensa e de torcedores com o estigma de serem “apáticos”. Na condição de Pitaqueiro-Mor levanto aqui uma bandeira em prol dos injustiçados “Craques Canal Cem” (CCC). Assista aos vídeos*** do site para entender melhor a expressão CCC.

Os caras não têm culpa de terem nascido fora de época.



Não há quem não fique admirado quando de forma exata e calculada o CCC executa um lançamento de 50 Jardas deixando o companheiro na cara do gol, mas se por acaso não dá certo a galera cai de pau.



É preciso entender que esse tipo de jogador é diferenciado, talvez até nem haja mais espaço para eles no atual futebol moderno (detesto esse termo), mas se escalados num esquema bem montado - é aí que o técnico ajuda a ganhar jogo - com laterais velozes e ao menos um atacante inteligente a ponto de entender o melhor momento da infiltração, sem dúvida o “preguiçoso” deixará muito filho, primo, neto do vento em condições privilegiadas.



Admito que às vezes é irritante vê-los “pentear” a bola quando a melhor opção seria uma saída de jogo em velocidade, mas nossas esperanças se renovam quando pinta aquela bola parada que muitas vezes decide o jogo, perdoamos o sonolento e nele depositamos todas as nossas expectativas de balançar a rede.






Certa vez quando indagado sobre seu estilo de jogo, Mestre Didi, saiu-se com a seguinte resposta:

“Eu não precisava correr. Quem precisava correr era a bola. Eu dava um passe de 40 metros, para que vou correr quase 35 metros para poder dar um passe de 5, se eu posso correr 5 e dar um passe de 40?"



Sábias palavras... Mas os tempos mudaram e hoje físico vem antes da técnica. Mais vale “ter pulmões do que cérebro”. Seguindo essa tendência os CCC se vêem em baixa no cenário atual e se refugiam em mercados de segunda linha como é o caso de Alex ex-jogador do Palmeiras e Cruzeiro - no Rio chegou a ser apelidado de Alexotan quando atuou pelo Flamengo – que hoje atua no futebol Turco, outro caso é Riquelme que nunca se firmou na Europa e tem no Boca Jrs seu porto seguro, aqui mesmo no Rio temos o caso de Lúcio Flávio que “até” no Botafogo é cobrado. Todos têm seu valor, uns mais outros menos, e se derem tempo para raciocinarem em campo sabem muito bem como tratar la pelota.

Não adianta querermos mudar seu estilo de jogo, aceite-o ou deixe-o. Persigamos os enganadores da bola, esses sim merecem nossas vaias e xingamentos.



***Vale à pena acessar: http://www.canal100.com.br/



... "Devagarinho é que a gente chega lá

 se você não acredita você pode tropeçar"...


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DA SÉRIE PERCO O AMIGO, MAS NÃO A PIADA...

PEGANDO CARONA NAS CAMISAS COMEMORATIVAS O FLAMENGO LANÇA A SUA...




***ERRATA***

26 de janeiro de 2010

O melhor time de todos os tempos da última semana.

No último post, prometi que não perderia tempo com a pré-temporada dos times grandes do Rio, mas diante do ocorrido Domingo no Engenhão, resolvi abrir exceção ao inusitado.



Não assisti a esse jogo, mas assisti aos 4 x 1 aplicados pelo Vasco no ano passado em cima desse mesmo Botafogo e lembro que, mais tarde, no turno seguinte o troco foi impiedoso naquela fatídica semifinal da Taça Rio em que Maicossuel lavou a alma alvinegra. Em outras palavras: Já vi esse filme. Se existe time predestinado ao improvável, este é o Botafogo.






E no Domingo mais uma vez o improvável aconteceu, não apenas pelo placar, mas também pelo hattrick* de Dôdô que havia passado em branco nos três jogos iniciais do ano (dois pelo estadual e um amistoso), por Philipe Coutinho que deixou sua marca pela primeira vez na carreira profissional (mesmo tendo jogado a mamata da série B). Aliado a esses fatos, destaco a subida de produção de Carlos Alberto que enfim encontrou companheiros que o compreendem e o falso volante Souza que vem jogando o fino da bola. Tudo isso sem falar nas valiosas contribuições do goleiro Jéferson do Botafogo, da dupla de zaga que mais parecia dois cegos em meio ao tiroteio, um meio campo de marcação pífia e um árbitro ávido por mostrar serviço, aliás, expulsão justa a do Eduardo, se fosse um árbitro mais experiente certamente iria contemporizar com cartão amarelo.






Não querendo ser repetitivo, mas inevitavelmente sendo: Tem coisas que só acontecem com o Botafogo.






E os vascaínos que não se iludam, basta um tropeço diante do próximo adversário para que as dúvidas e desconfianças voltem a rondar as cercanias de São Januário e como bem diz a canção dos Titãs:






“O gênio da última hora é o idiota do ano seguinte”.






*Expressão usada quando num jogo de vídeo game um jogador marca três gols numa única partida.






http://pt.wikipedia.org/wiki/Hat-trick

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Quando se pensava que o futebol do Rio dava um passo à frente, eis que o Botafogo demite Estevam Soares e anuncia Joel Santana!!! Não que o Estevam não merecesse, mas não havia outro nome mais batido? Quem sabe Dário Lourenço, Renato Gaúcho...






Força Cabañas! Você vai sair dessa, ainda quero te ver na Copa!!!


21 de janeiro de 2010

Pra não dizer que não falei das flores

Galera eu me recuso a comentar pré-temporada dos times cariocas. No meu entender o início desse campeonato não passa disso, amistosos de luxo. A coisa só começa a ficar séria mesmo depois das semifinais, antes é aquela mesmice de todo ano. Times grandes desentrosados vencendo os pequenos na base da camisa, jogos sofríves de se assistir, arbitragens bisonhas favorecendo invariávelmente os quatro grandes. Até engrenar ainda demora...



Portanto só o que tenho a dizer é que:
  • O Vasco precisa de mais um meio campo de qualidade, barrar o tal de Jumar e entrar com o Souza e se não for pedir muito trazer às pressas de volta o Dorival Jr.
  • O Fluminense leva uma bela vantagem ao manter seu elenco e reforçar e bem as carencia que antes havia.
  • O Flamengo, volto a dizer, precisa de um técnico de verdade. O time te boas peças e com a chegada de W. Love o ataque fica ainda mais imponente, mas carece do mesmo problema do Vasco: mais um cérebro para armar esse circo.
  • O Botafogo com seu ataque do Mercosul está um pocuco a frente do Vasco, dispensou aquele bando de atancantes que pouco fizeram e contratou um "Loco" e Herrera, conhecido na argentina pelo codinome "Quase Gol", por que será? 
   Acho que três grandes se classificam para as semi e um intruso pequenino também. 
  
  Por hora é isso, para o que é está bom! Não vejo a hora de começar a Copa...

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Gostei dos comentários do Edmundo na Band, fiquei surpreso! Se ele não inventar moda como fazem alguns pitaqueiros do microfone, pode dar caldo.

Pitacos, Curiosidades e Cultura.

No ano de seu 105º aniversário o Boca Jrs. começa cedo suas comemorações. Na semana passada o time Hermano lançou um belo exemplar de camisa comemorativa (pqp ainda esse assunto!) que homenageia a bandeira da Suécia. Para quem ainda não sabe as cores da camisa do time boquense são baseadas na flâmula viking.


Segundo me contou um amigo Hermano, a história é mais ou menos a seguinte:




Cinco jovens amigos moradores da periferia de Buenos Aires, do bairro de imigrantes italianos de nome La Boca, resolveram criar um clube de futebol. O nome Boca é auto-explicativo, já o complemento "Jrs" não tem outro sentido a não ser dar mais status. A escolha das cores que estampariam a mí(s)tica camisa boquense é que mais chama a atenção. Num acordo no mínimo pitoresco ficou acertado que as cores seriam as mesmas da nacionalidade do primeiro navio que atracasse no porto de Buenos Aires num determinado dia. Então, na data marcada eis que surge uma autêntica embarcação Viking com sua bandeira azul e a cruz amarela: estava ali decidido como o mais novo time argentino se apresentaria. Mas isso só aconteceu em 1907, nos primeiros dois anos o Boca chegou a usar camisa cor de rosa e mais tarde branco com listras prestas. Nos três anos que se seguiram o Boca vestia uma camisa nas cores da bandeira sueca, mas nos moldes do uniforme de seu maior rival River Plate, ou seja, azul com uma faixa tranversal amarela. Somente em 1910 é que o modelo atual foi adotado e então passou a ser azul com faixa horizontal amarela quase dourada. Outro fato curioso é que seu primeiro presidente chamado Esteban Baglietto tinha apenas 17 anos de idade! Tremendo empreendedor!
Ah, só mais um detalhe, o "Xeneize" significa Genovês, referencia a colônia italiana que formava a maioria de seus simpatizantes. Resumindo: um clube de origem italiana, fundado na Argentina com bandeira sueca. Do resultado dessa equação saiu o Boca. Isso é que eu chamo de globalização!







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O que eles não previam é que esse mesmo time chegaria tão longe e arrastaria uma imensa e apaixonada torcida. Nunca vi nenhuma manifestação em torno de um clube como a que os Xeneizes - como são conhecidos os torcedores do Boca - fazem, estive no coração da torcida naquele memorável jogo contra o Fluminense no Maracanã e fiquei extasiado. Como cantaram e vibraram do inicio ao fim do jogo, mesmo já estando perdendo por 3 x 1, ninguém se atreveu a insultar nenhum jogador. Que exemplo de respeito e passionalidade!









Na minha opinião, taí mais um exemplo de sucesso. Bela iniciativa do departamento de marketing do clube. Se bem conheço os Xeneizes, essa camisa venderá como água no Saara.
Parabéns ao Boca!




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Em tempo: Aproveitando a moda das camisas a Portuguesa também lança a sua. Que primor!