29 de março de 2010

Ao mestre com carinho.

Este post é dedicado a memória de um gênio das letras e do futebol mundial.



Na manhã de hoje perdemos o brilhante jornalista e escritor Armando Nogueira.
Sugiro que ao ler estas poucas palavras, o amigo leitor faça seu respeitoso minuto de silêncio.
Afinal Pelé só tem um, Michael Jordan também, Ayrton Senna idem e no caso de Armando Nogueira não é diferente.

Um gênio na arte de pensar e escrever futebol.

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 Genialidade em verso e prosa:

O Rei e a bola

"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."


Mané e o drible
 "Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."


Perfeição
 “A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus.”


Habilidade
 "No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica."


Humor
 "Anúncio: troco dois pés em bom estado de conservação por um par de asas bem voadas."


Crítica
"Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão"


Ídolos
"Heróis são reféns da glória. Vivem sufocados pela tirania da alta performance"


Enciclopédia
"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto! Eras um só, Nílton Santos".


Zico
"A bola é uma flor que nasce nos pés de Zico, com cheiro de gol."


O gol
“Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro."

23 de março de 2010

Vai ou racha!

Confesso que não me agrada essa história de demitir treinador toda vez que um time entra em crise. Os últimos anos nos deram mostras de que, inevitavelmente, quanto maior a permanência do comandante à frente de uma equipe, melhor é seu feedback. A relação tempo de casa/resultados expressivos é indiscutível, o trabalho aparece, a consistência é nítida. Isso sem falar que trabalhar sob pressão não é nada agradável, a tranqüilidade, a tão sonhada estabilidade de todo trabalhador brasileiro é algo impagável.



Contudo, creio que até pela fragilidade técnica dos times de menor investimento - incluem-se aí Olarias, Souzas, ASAs e similares- esperava-se mais do time treinado por W. Mancini. O futebol que o Vasco vem apresentando é desanimador. Não se percebe padrão tático, jogadas ensaiadas, jogadas de linha de fundo, bola parada, nada! O time vem jogando como um bando, os confusos jogadores confundem garra com agressividade.


Jogo após jogo o que se vê é um time correndo atrás de seu adversário e do placar adverso. Falta voz de comando dentro e fora de campo. A serenidade de outrora da saudosa gestão Dorival deu lugar ao destempero de Mancini que invade o campo ao fim do jogo com o falso pretexto de dar os cumprimentos ao trio de arbitragem. A nau cruzmaltina mais parece um navio pirata.Por favor, não voltemos aos tempos da truculência!





Os defensores de Mancini se apressarão em dizer que ainda é cedo, mas esse argumento é falho. No mesmo período do ano passado, com jogadores de menor expressão, tecnicamente mais fracos o Vasco tinha um padrão de jogo definido, jogava com e sem a bola e mesmo estando na Série B os adversários nos respeitavam. Três meses já se foram e o time não engrena, afinal o que nos falta? Teria Mancini sentido o peso da responsabilidade?



Tenho plena certeza de que o que ainda sustenta Mancini em seu cargo, por mais incrível que possa parecer, foi a evitável derrota para o Flamengo, melhor dizendo, a tal insubordinação cometida por Dodô naquele embate valeu a Mancini mais um voto de confiança visto que aquela derrota se deveu a um nome com número de camisa. Não fosse isso sua cabeça já teria sido encomendada e devidamente ceifada. E cá para nós, se é para demiti-lo que o faça agora, assim o trauma será menor e teremos perdido apenas o primeiro trimestre desse ano.





Nos arredores de São Januário, não se fala publicamente, mas é tão claro que também nem precisa ser dito, dá-se como certo que a permanência de Mancini está diretamente ligada a um triunfo Domingo diante da bem treinada equipe do Fluminense, mais um revés em clássicos e na partida diante do ASA de Arapiraca pela Copa do Brasil o Vasco estará sendo dirigido por um interino até o desembarque de um novo treinador.



É esperar para ver.

15 de março de 2010

A vida é uma estranha caixinha de surpresa.

Depois de ter entrado em rota de colisão com a diretoria do Internacional, ter declarado que não jogaria pelo time gaúcho, ter sido posto de lado treinando em separado do restante do elenco, ter aberto mão de jogar a Taça Libertadores da América, depois de quase ir parar no Atlético Paranaense, mesmo depois de ver a direção do Vasco dizer que desistia oficialmente de sua contratação. Eis que na última sexta-feira, 12 de Março, aproximadamente cinco meses longe do clube da Colina, a novela Ramon teve enfim seu último capitulo. Numa jogada de mestre (?), sei lá de onde saiu essa grana,  o promissor lateral esquerdo é anunciado oficialmente como o mais novo reforço do Vasco.




Poucas vezes vi situação parecida com esta, ainda mais vinda de um jogador de futebol. Caso raro! E no fundo no fundo, dou razão a ele. O cara tava lá encostado no Sul sem jogar, desacreditado por todos, quando recebe um convite para jogar no Rio num clube afundado em crise, aceita o desafio, reescreve a história dessa instituição reerguendo das cinzas não só um time, mas também sua torcida. E justo na hora de colher os louros da glória é obrigado a voltar para a "terra" que o renegava.



De início achei que Ramon acabaria por ceder, mas quando o jogador quer uma coisa não tem contrato que o impeça de sair.


Espero que Ramon reedite seus bons momentos vividos, principalmente no início, em 2009.

Seja muito bem vindo!



http://www.dailymotion.com/video/xl227_programa-do-jo-joseph-climber_news



"Luz acesa
Me espera no portão
Pra você ver
Que eu tô voltando pra casa
De vez!"

11 de março de 2010

¿Por qué no te callas?

Que ótima oportunidade de ficar calada, a esposa de Kaká perdeu...

Reproduzindo o que o assessor de imprensa Diogo Kotscho escreveu em seu twiter, Carolina Célico esposa do galáctico Kaká, colocou seu marido no mínimo numa situação embaraçosa.


A aspirante a Aline Barros enfiou os pés pelas mãos e deve ter levado uma senhora “comida de rabo” do marido, no sentido literário é claro, afinal a sodomia é pecado e a igreja condena.


Kaká por sua vez correu para desfazer o mal estar que foi envolvido. O cara não tem culpa de ser casado com uma adolescente papagaio de pirata e de ter um assessor que fala mais do que deveria.


Como bem diz o ditado: Quem fala demais dá bom dia a cavalo!




"Técnico covarde sempre tira um jogador cobrado para tentar tirar o foco da própria incompetência", escreveu Kotscho no Twitter, palavras repetidas no perfil de Carolina”





“Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer”

Burro com sorte.

Impressionante como os volantes do Fla insistem em tentar complicar as coisas.

Uma hora a coisa vai desandar, nem todo time é tão fraco quanto o de ontem ou o da primeira rodada da Libertadores.
E não venham me dizer que eles entraram na catimba. Chilenos e Venezualanos são tão "inocentes" quanto nós brasileiros. Catimba é coisa de argentino e uruguaio.
Tá faltando inteligencia.

10 de março de 2010

Vai dar Flamengo!

Dessa vez sem analogias e títulos sagazes, afirmo categoricamente que nos jogos de logo mais contra o Caracas e Domingo diante do Vasco, o Fla vai levar a melhor. E é muito fácil afirmar isso, não precisa ser nenhum gato mestre para saber que o Caracas não é ninguém para impor dificuldade ao Flamengo, mesmo jogando nas terras de Chávez e com Adriano se recuperando da última ressaca. No dia em que tivermos de temer um time venezuelano estaremos à beira do fim dos tempos.


Apesar de torcer ardentemente para que o contrário aconteça, acho que o rubro-negro vencerá o clássico de fim de semana. É necessário usar a razão e admitir que o Flamengo é favorito sim. Sem essa de “clássico não tem favorito”.


O Vasco de hoje não é nem sombra do time que começou a temporada de 2009, e olha que a versão 2010 tem muito mais nomes badalados, falta muita coisa. Faltam laterais, entrosamento, vontade e o principal: Mancini nem de longe lembra Dorival Jr.


Muita coisa foi mexida de 2009 para cá, o time mais parece um bando. A falsa idéia de que tínhamos um time competitivo caiu por terra depois da derrota para o Botafogo. Sem Fagner, machucado, e Souza, suspenso, o time perde muito poder ofensivo e qualidade na saída de bola, mais do que isso, as respectivas entradas de Elder Granja e Paulinho propiciam ao Flamengo certa facilidade pelo lado direito de ataque, visto que Granja não apóia e Paulinho não marca um poste parado.


Prato cheio para o retorno de Adriano se reabilitar do porre, nesse caso não me refiro ao álcool, mas sim a aporrinhação que a imprensa fez do último barraco vivido por ele.





Uma boa atuação diante de seu maior rival e pronto(!), estará encerrado mais um capítulo dessa dramalhão.
O Fla não vive nenhuma crise, a imprensa gosta de fantasiar - vender é preciso!- e Adriano é isso aí: whisky com Red Bull, baile funk na Chatuba e bola na rede! O Vasco que se cuide, Mancini que ponha suas barbas de molho, pois se der a lógica... Sei não, mas a era Mancini pode ser abreviada no Domingo.

6 de março de 2010

Se pediu, aguenta!

Essa novelinha do Adriano já deu...


Que historinha mais chata! Aborreceu-se com a namoradinha, perde a vontade de jogar futebol. Se fazem as pazes, a bola volta a ser sua melhor companheira, seu instrumento de trabalho, sua vida.

E o pior é que ainda tem gente que leva esse cara a sério. Aposto que amanhã terá um psicólogo no Fantástico para explicar o "drama vivido pelo garoto" Adriano.



Quero ver ter vontade de largar a pelota nos tempos em que o Imperador não passava de Scooby Doo no início de carreira no Flamengo. Agora é mole fazer beicinho. Montado na grana qualquer um faz charminho. Às favas, Adriano! Não enche!







E até parece que essa mulher não sabia que a vidinha do Adriano é ficar ostentando riqueza e prestígio no Complexo do Alemão. Assim como Adriano, ela também bate o pé, vira a cara, mas quando a coisa aperta reata com o favelado milionário craque da Gávea. Quem mais poderia dar a ela o que Adriano dá? Não estou nem falando de grana, me refiro à visibilidade que ela teve depois de bancar a mulher madura, mãe de família que não suporta mais viver essa rotina de ter que buscar o namorado na favela, como ela bem já disse.





A última vez que Adriano ameaçou largar o futebol, na minha visão uma ação orquestrada por seu agenciador Gilmar Rinaldi, deu um belo migué na Inter de Milão e veio jogar - e ser campeão - no Flamengo. Estaria Rinaldi planejando o próximo destino de seu mais rentável pupilo?



Só um detalhe, o justo Dunga está de olho. Com Ronaldinho Gaúcho batendo a porta, essa brecha pode ter vindo a calhar.





Novela Adriano por  Lenine...



Tá cansada, senta
Se pediu, agüenta

Se sujou, cai fora
Não tá bom, melhora

Se tá puto, quebre
Corra atrás da lebre

Se é verdade, jure
Quer saber, apure

Engrossou, se meta
Não se submeta ...

*Fragmentos retirados da Canção "Do It" de Lenine e Ivan Santos.

Traje a rigor.

Essa é mais uma daquelas que não podem passar em branco.




Todos já devem ter visto na internet a matéria sobre um grupo de torcedores portugueses que estão em campanha para que os jogadores do seleto lusitano ostentem um vasto bigode durante a Copa do Mundo. Alegando descaracterização de suas raízes, os gajos pretendem conseguir apoio popular e levar essa piada, digo, essa idéia a frente. Pegando gancho nessa iniciativa, sugiro que o bigode, bigode de verdade, aquele imponente, seja tombado como patrimônio cultural do povo da terrinha.




Já pensou se essa moda pega? Escoceses jogariam de saias, mexicanos de sombreros, jamaicanos de Dreadlock...





Ah, podemos incluir no uniforme dos portugas mais um peculiar acessório indispensável: as tamancas.



2 de março de 2010

Ócio criativo

Essa vale o registro...







Estávamos conversando no ambiente de trabalho Júlio, Leandro José (que aqui atende pela alcunha de Léo Mattos) e eu. Falávamos de futebol, nada muito complexo. Comentários sobre a última rodada, o título do Botafogo e etc...


De repente, timidamente, Júlio que, diga-se de passagem, não é leitor deste humilde blogueiro (portanto não estou fazendo média com ninguém), tascou essa:

 "Não sei se vocês concordam, mas para mim o Joel Santana está para o futebol assim como o Tim Maia está para a música."






Nesse momento Leandro e eu nos entreolhamos, e na mesma hora pensei:



"Putz! Como não pensei nisso antes?!"

 O Leandro ainda levou tempo para aceitar a afirmação, mas depois de longos dois minutos deu o braço a torcer admitindo que a analogia havia sido certeira.





Dias depois perguntei ao Júlio se ele havia ouvido isso de outra pessoa ou se era idéia dele. Ele jura que saiu de sua cabeça.


A falta do que fazer é F#d@!


Pagando bem, que mal tem?

Na semana passada recebi um e-mail do amigo Rafael Maia que hoje traga à discussão.





Nele havia um link do site futeweb.net com uma matéria no mínimo contraditória. Datada do dia 03 de Janeiro 2009, uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP), alçava o Vasco ao posto de 3º colocado no que diz respeito a número de torcedores no Brasil. Esse resultado foi divulgado poucos meses após o IBGE ter posto o Vasco na 5º colocação nacional, ficando atrás de São Paulo e Palmeiras.


O velho caudilho Eurico Miranda cansou de bradar aos quatro ventos que a torcida do Vasco só seria menor que a do Flamengo. Particularmente, não acho que chegue a tanto. Mas penso que esse resultado da USP é o que melhor se aproxima da realidade. Eu, por exemplo, estive no Nordeste em 2008 e o que vi pelas ruas era adesão em massa aos times do Rio (em especial ao Flamengo, é claro) e ao Corinthians.


 
Mas números à parte, não escrevo esse post para debater quem é maior ou menor. Até por que, número de torcedores não ganha jogo, do contrário a China seria a maior campeã mundial de futebol e, no entanto, os chineses são somente os 87º no ranking da FIFA.
 
O que proponho é uma análise fria dos interesses por trás dos tais institutos de pesquisa. Nunca vi resultado desfavorável a quem encomenda esses levantamentos.



Afinal, quem é que audita esses “sensos”? Os próprios clientes?


Como explicar tamanha disparidade nos números apresentados por essas instituições, que se intitulam como “idôneas”?


Fico com a impressão de que alguns institutos que fazem “pesquisas sérias” usam por baixo do uniforme de trabalho a camisa do clube, partido político ou marca de laticínio que o contratou. Levam ao pé da letra a máxima de que “o cliente tem sempre razão”.



Imagino como é feita a tal encomenda de pesquisa de opinião:

O cliente liga para o Ibope, por exemplo, pergunta quanto custa para fazer o tal levantamento. O cara do Ibope dá o preço.
Do outro lado da linha o cliente barganha: Mas, tudo isso? Por esse preço o Datafolha me garantiu 5 pontos percentuais de vantagem sobre o 2º colocado. O que você pode fazer? Hum, 7 pontos são 7 pontos, né? Ok, vou ligar para o Data Sensus e ver o que eles têm a me oferecer. Qualquer coisa, volto a te ligar. Obrigado.

As conclusões diferem por que são indícios sintomáticos de um determinado grupo consultado ou por que atendem a clientes diversos?



Nessa hora a isenção dá lugar ao tendencialismo, levantando dúvidas sobre a lisura do processo de pesquisa.
Você conhece alguém que já tenha respondido a essas pesquisas?
Cada vez mais me convenço de que os indicadores são o retrato fiel do poder de investimento de seus apontados, ou seja, o resultado da pesquisa está diretamente ligado ao interesse de quem paga a encomenda. Sendo ainda mais claro, se é que é preciso, em muitos casos o 1º colocado ou o candidato que mais cresceu nas pesquisas de opinião invariavelmente é o solicitante da consulta. Uma verdadeira prostituição de resultados.



No caso da USP, não vejo a quem interessaria esse resultado, visto que a instituição é não têm fins lucrativos e é de São Paulo. A menos que a USP seja uma universidade que atende aos interesses do Timão. O que é uma grande piada (minha).



***Maia, valeu pela deixa.