17 de dezembro de 2010

Maze(m)bra.

Depois do ocorrido com o Inter diante do Mazembe resolvi esperar mais uns dias para digerir essa derrota e não me precipitar com o resultado do jogo da Inter de Milão, vai que dá zebra de novo...



Mas que esporte apaixonante é o futebol! Nem mesmo o mais otimista dos gremistas sonhou com a hecatombe protagonizada pelo Colorado, nem ao menos a final?!



Nunca um time sul-americano chegou ao mundial de clubes tão favorito quanto o Inter. Por tudo que o cercava: time entrosado, de pegada, ofensivo (apesar de Celso Roth), boas opções no banco de reservas e tudo isso sem falar que o principal adversário (teoricamente a Internazionale) já não é o mesmo do último ano. Com a saída de José Mourinho para o Real Madrid, a Inter acusou o golpe. Seu sucessor Rafa Benitez não conseguiu dar continuidade ao trabalho deixado por Mourinho e tampouco dar cara nova ao time, além disso, p time nero-azurro sofre com as contusões de seus principais jogadores. Por essas e outras o Colorado era favorito ao título.



Mas o que teria acontecido ao Inter? Para variar não assisti ao jogo, mas os lances que acompanhei –leia-se os melhores momentos- vi um time afoito, desperdiçando chance atrás de chance, intranqüilo nas conclusões.

O miolo de defesa andava vacilante e isso para um franco atirador, como a equipe africana, era prato cheio.

Na véspera do jogo D’Alessandro declarou não ter dormido como deveria tamanha a ansiedade. Na hora pensei: Que bobagem!
De fato o craque hermano parece não ter feito drama. O Inter sentiu a pressão do favoritismo, mais ainda a obrigação de vencer o Mazembe e de forma convincente. O Colorado merecia melhor sorte, não que o resultado tenha sido injusto, muito pelo contrário os congoleses foram briosos e jogaram com eficiência, mas para eles uma terceira colocação já seria carnaval (ou qualquer ritual tribal que o valha) em Kinshasa, capital congolesa e para nós expectadores uma final entre os xarás Inters seria sensacional!



***

Os gols do jogo merecem um registro a parte, o primeiro gol foi bonito, mas contou com a ajuda da hesitante dupla de zaga colorada que olhou o lance se desenhando e não esboçou atitude.

Antes de analisar o segundo gol eu abro um parêntese para uma entrevista que assisti do Adílio meia direita do flamengo nas décadas de 70 e 80, não o vi jogar, mas quem viu garante que era fera! Numa entrevista que assiste dele junto com Júlio Cesar Uri Geller ao Jô Soares ele contou que cada jogador daquele super time do Fla tinha uma jogada ou um drible peculiar que eles batizavam com um nome. O Zico tinha o “corta cana”, o Uri Geller era “procurando tu”, o dele se chamava “me deixa ver seu número” que consistia num semi-elástico (quem é boleiro sabe do que estou falando) que fazia o adversário girar procurando a bola e conseqüentemente mostrando as costas e seu número. Pois é, o segundo gol do Mazembe o atacante Kaluyituka mesclou a pedalada de Robinho com o “me deixa ver seu número” de Adílio em cima de ninguém menos que o grande Guiñazu. Uma pintura! Abusado esse neguinho, não?

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Ao contrário do que certamente a Rede Globo pregará, vou torcer pelo famigerado Mazembe na final e não para o time de milionários brasileiros. Dá-lhe Mazembe! Sonhar não custa nada...
 

14 de dezembro de 2010

Do inferno ao céu em 365 dias. A epopéia tricolor na visão de um vascaíno.

Somente o futebol para nos presentear com situações como a vivida pelo Flu.
Há um ano o time das Laranjeiras era dado por matemáticos como morto, desclassificado, sem volta...
Mas o futebol - Ah o futebol... - não é ciência exata, não tem lógica.O que mais se aproxima de ser lógico no futebol é o clássico aforismo que diz:
 "quem não faz leva".

Voltando ao início da caminhada, quero registrar aqui alguns fatos que merecem ser citados.

Trabalho, mas podem chamar de milagre...
Cuca foi fundamental para esse gran finale, méritos para esse treinador que mostrou para aquele grupo que o céu era o limite, recuperando jogadores até então muito questionados e que deram a volta por cima. Bacana ver que jogadores e torcida reconhecem a valiosa contribuição dada por Cuca, que comandou com maestria o resgate do brio tricolor, a meu ver até Muricy deveria agradecer ao colega.

Grande sacada!
Depois do insucesso no campeonato  carioca a diretoria tricolor se viu obrigada a cortar na própria carne para tentar salvar o ano e demitiu Cuca, jogadores e torcida não ficaram lá muito satisfeitos. Naquele momento a gratidão falava mais alto. Aliás, pensando bem, acho que a idéia inicial era ter Muricy desde o inicio do ano, mas como demitir Cuca depois dos excelentes serviços prestados? Analisando friamente, talvez a diretoria do Flu tenha ficado até feliz com o inicio de ano que tiveram, assim puderam colocar em prática um plano mais ambicioso: contratar o único tricampeão brasileiro dos pontos corridos.
Era necessário, um comandante como Muricy faz a diferença nos altos e baixos da competição, sabe trabalhar sob pressão e fazer seu time jogar. A troca de comando no Flu e a negativa a CBF foram fatores determinantes para o sucesso, os tricolores deram sinal de força ao contratar e reafirmar a contratação do treinador pouco simpático e avesso a bajulação da imprensa.

Receita do bolo.
Diferentemente do Fla-09 que teve basicamente Pet motivado, Adriano endiabrado (dentro e fora de campo), o Flu foi constituído de um comandante experiente, um grupo bastante equilibrado e algo inusitado: um argentino humilde (!), quase um monge. Conca jogou o fino da bola, mas o grupo colaborou para isso, Tartá, Rodriguinho, L. Euzébio, Marquinhos, Emerson sempre que acionados pelo dono do time (não o dono da bola) davam suas contribuições tabelando, abrindo espaço, ou arrematando para as redes. Os medalhões pouco utilizados até tentaram ajudar, mas suas atuações mais convincentes eram sempre fora de campo, Deco fazendo dupla de ataque com Carlos Alberto nas noites de samba carioca e Fred questinando publicamente o diagnóstico que o médico do Flu havia declarado, no fim das contas o médico me pareceu ter razão, Fred se arratou nas partidas em que jogou (execeto contra o São Paulo onde o gol marcado escondeu o que de fato acontecia).
Jogo a jogo Ricardo Berna foi calando seus críticos, é certo que nunca foi unanimidade, mas será que Castilho ou Fernando Henrique evitariam o gol do bugre voando nos pés de Reinaldo na pequena área? Berna evitou o que seria um novo "Maracanazo" em pleno Engenhão!Ou melhor, um Engenhanãonazo! Ele foi o goleiro certo no momento certo.

Yes, nós temos mala branca!
Devo admitir que acompanhei poucos jogos desse campeonato, saudosista que sou, vi meu interesse diminuir ano após ano de pontos corridos. Decisão de campeonato com time rebaixado é brincadeira!
Bem aventurados sejam os senhores das malas brancas - popularmente conhecidos como Malaquias - que apesar de terem sido condenados por grande parte da hipócrita imprensa, fizeram seu trabalho e deram ares de competitividade e emoção a última rodada do brasileirão. Sem as atuações desses "anjos" o campeonato corria sério risco de entrar em colapso, os questionamentos com relação às próximas edições seriam muitos. Imagine o Flu ser campeão com três jogos fracos - isso para não dizer entregues - como foi contra  Palmeiras e São Paulo. A mala branca é benéfica e salutar!

Título incontestável!
E justiça seja feita. se o Flamengo se autoproclama hexacampeão, o Fluminense sem sombra de dúvidas é legitimamente Tricampeão brasileiro!

Alfinetadas.
Se no ano passado presenciamos toda aquela selvageria por parte da torcida do Flamengo, esse ano a brutalidade deu lugar ao amor, muitos homens nas ruas se beijando livremente demonstrando que o mundo é tricolor... Galera é brincadeirinha...rs






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O sujo reclamando do mal lavado...
Modismo é uma coisa perigosa, um bom exemplo é a febre de stand up comedy que assola o Brasil. Qualquer barzinho fuleiro hoje em dia tem um camarada que sobe num palcozinho -muitas das vezes improvisados com caixas de cerveja e uma lona jogada por cima-  e tenta fazer a galera rir. Às vezes o cara é até engraçado, o problema é quando o postulante a comediante é apenas engraçadinho e pensar ser o Chico Anysio... Pois foi esse o papel que se prestou  o presidente do Corinthians na entrega do prêmio da CBF para os melhores do ano.
Andrés Sanchez envergonhou ainda mais a torcida corinthiana com o papelão que protagonizou. Atitude pequena de quem não sabe perder. 

Devo admitir que concordo que o Fluminense voltou pela janela em 2000 quando venceu a série C em 1999 e pulou direto para a série A no ano seguinte,  mas afinal quem é o Corinthians para falar em moralidade se o título de 2005 foi comprado com aquela anulação de vários jogos prejudicando o Internacional descaradamente?

10 de agosto de 2010

Meretriz arrependida.

Pouco mais de dois anos após sua, tão esperada e comemorada, posse, aos poucos começa a ruir o "sonho americano" do torcedor vascaíno. E pensar que eu, o mais incrédulo dos vascaínos, acreditei nesse factóide de "O sentimento não pode parar". Que sentimento, porra?!




Não há um único dia que a imprensa (séria) não estampe um escândalo protagonizado por essa diretoria de bandidos e aproveitadores. Falsidade ideológica, evasão de divisas, corrupção ativa são alguns do muitos crimes cometidos por essa (indi)gestão que está no poder em São Januário.



O torcedor vascaíno não merece tanto! Só quem militou em favor da derrubada das atrocidades, da roubalheira e da apropriação indébita do clube por parte do Sarney da Colina, sabe o quão frustrante e doloroso é ver esse teatro de "O bom moço e a herança maldita". Não mudou nada, o Vasco continua servindo a interesses particulares, a diferença é que Eurico não dava ponto sem nó. Na lábia ou na truculência (ás vezes física) ia escondendo suas negociatas. Contudo, bastou um esforçozinho da mídia - leia-se Rede Globo- para esfregar na cara de quem quisesse ver o enorme patrimônio incompatível com sua renda, mansões em Angra do Reis e Miami só para citar exemplos, resultando em CPI dentro do Vasco e renuncia ao mandato de Deputado Federal.






Com Dinamite a diferença é que ele seus pares são inexperientes e burros, adulteram notas ficais, caem em grampos telefônicos, enviam dinheiro para paraíso fiscal e dão as mais estapafúrdias explicações. O torcedor não é burro, basta analisar friamente e ver que essa alteração no poder foi apenas de nomes. O que ocorreu foi um continuísmo barato da última direção.







Se a intenção de Dinamite e Cia era lucrar em cima do Vasco, seu maior erro foi não se aliar a Eurico Miranda. Com Eurico na mesma bancada os lucros seriam maiores e mais difíceis de descobrir.



É deprimente ver o maior ídolo da história do clube usar a instituição que o fez ser o que hoje é, de maneira tão inescrupulosa. Será que Zico faria o mesmo com o Flamengo? Raí usaria o São Paulo?


Hoje, analisando friamente, me pergunto: Quem é o maior ídolo da história do Vasco? Sinceramente? Não sei, talvez Juninho Pernambucano?

                                                ***
Só para ilustrar o que eu disse sobre a gestão Dinamite, segue uma das muitas matérias que atestam a "honestidade" do salafrário.


http://www.midiasemmedia.com.br/paulinho/?p=18960

PS.: Meu amigo Renato tinha razão, quando a esmola é de mais o santo tem de desconfiar...

7 de agosto de 2010

O portão.

Após um longo hiato volto a dar meus pitacos, ácidos como de praxe.

Caí na besteira de me ausentar durante o período da Copa, a preguiça bateu, minha fila cresceu e com ela suas peripécias... Tá cada vez mais difícil vigiá-la e ter um tempinho para pitacar.








Assuntos não faltaram, mas preferi me recolher e dar espaço aos comentaristas de ocasião. Todo mundo, sem exceção, fazendo coro com as críticas editadas pela Rede Globo. O que tinha de crítico debatendo o assunto... Hebe Camargo, Luciana Gimenez, um camarada do meu trabalho expert em BBB e novela, o Louro José e até mesmo minha sogra que odeia futebol! Era muito conteúdo, minhas palavras não passariam de meros pitacos.




Pois bem, passado o modismo, na medida do possível, volto ao posto de Pitaqueiro-Mor.
Afinal, pitacar é preciso!




Eu voltei!
Agora prá ficar
Porque aqui!
Aqui é meu lugar
Eu voltei pr'as coisas
Que eu deixei
Eu voltei!... 

27 de maio de 2010

Perder para ganhar.

Chegou ao fim na manhã de hoje o controverso, porém vitorioso, casamento entre Flamengo e Adriano.

Entre tapas e beijos, traições e reconciliações não há como negar que o saldo dessa relação foi positivo. Afinal 17 anos sem triunfar na principal competição nacional - é dose para leão!

Com Adriano o Fla largou o “se” e “foi”! Há alguns anos ouço amigos rubro-negros lamentarem aquele ou outro resultado desastroso que mandou por terra as pretensões do Fla num determinado ano.

“Putz! Se não tivéssemos empatado com o São Caetano no Maraca e se não perdêssemos para o Vitória seríamos os campeões. Snif... Snif... Snif...”

Com Adriano no comando de ataque isso acabou, e de fato o Flamengo foi (!) campeão.
A maioria das vezes em que precisaram de sua colaboração imperial, ele se fez presente. Com Adriano o time da Gávea consolidou sua presença no hall dos “top Five” do Brasil.

De uma forma ou de outra, ambos ganharam e perderam alguma coisa. O Fla perdeu com os barracos e confusões protagonizados por Adriano, muitas vezes em véspera de jogos importantes. Já Adriano perdeu muita grana com essa transferência para o exterior às avessas, embora tivesse um dos maiores salários do Brasil, nem de longe os valores eram próximos do que abrira mão na Europa. Ninguém tem direito de reclamar do outro.



Seu empresário Gilmar Rinaldi, diga-se de passagem, um puta empresário, confirmou que o destino do Imperador é mesmo o Roma.

Aliás, gostaria de abrir um parêntese para fazer um breve comentário sobre Rinaldi, ex-goleiro do Flamengo, campeão mundial com a seleção brasileira em 94 -foi teceiro reserva- vendo que não havia a menor possibilidade de jogar uma partida sequer naquela copa, o que fez Rinaldi? Sacou uma filmadora da bolsa e registrou todos os bastidores daquela copa, da concentração até  as preleções que antecediam os jogos. Jogada de mestre!  Os registros deram filme, documentário, matéria do Fantástico...
Ao contrário da maioria dos boleiros, Gilmar fugia do  dircurso ensaiado: 
"Pra minha mãe, pro meu pai e pra você"

Apesar de tudo, Adriano despede-se com a sensação de dever cumprido.

Vá com Deus, Imperador... Graças à Deus!


Ôôôôôôô Imperador vazou, Imperador vazou, Imperador vazou ôôôôôô...

17 de maio de 2010

O Caldeirão virou Chaleira!

Pitaqueiro convidado: Renato Barros

Desde o golpe político eu não pisava em São Januário. Ontem, após um amigo vir de São Paulo e insistir que fosse com ele, decidi voltar.


Lembro-me da primeira vez que entrei lá, ainda criança.

Logo no portão principal o zagueiro Quiñones me pedia licença em meio ao tulmulto. Era uma noite chuvosa e o adversário era o fraco Friburguense, pouco importava, eu estava ali emocionado e doido para ver meu time de coração.

Bola em jogo e a chuva não caía apenas do Céu, o Vasco também fazia uma chuva de gols, 7X1 se não me falha a memória.

No final da partida um funcionário do Vasco levou-me junto a meu irmão gêmeo à porta do vestiário, onde pegamos autógrafos de Bismark, Bebeto, Sorato, Vivinho, Zé do Carmo e dos zagueiros Célio e Marco Aurélio. Fui dormir feliz da vida!

A partir daí freqüentei várias vezes nosso estádio. Vi Edmundo fazer os adversários e o estádio tremerem. Vi a final épica contra o Barcelona de Guaiaquil, um verdadeiro Caldeirão! Vi jogos contra a molambada em que gritávamos ê ê êê, São Januário não têm pra onde correr!

Os adversários nos respeitavam lá dentro. O clima era hostil a eles. Ali eles sabiam que a batalha era à vera, se sentiam dentro do Coliseu prestes a serem decaptados ao abrir dos portões e aos gritos imponentes de fundo.

Voltei ontem com o mesmo espírito. Fiquei estarrecido com o que vi.

Deixei meu carro nas redondezas e fui à busca de ingressos. No começo vi um estádio bonito, pintadinho e resolvi dar a volta por completo para apreciar a beleza, foi o bastante. Quase me ludibriaram. Metade do estádio está um lixo.

Paguei os 30 reais à BWA e aguardei a abertura dos portões. Fui um dos primeiros a entrar.

Como estava com fome, fui logo procurando o Habibs e para minha decepção, não o encontrei. Resolvi ir logo para as arquibancadas, pois estava ansioso para ver o estádio por dentro, esperava aquele clima de batalha! Apavorei-me.

O placar eletrônico está com defeito.

Os títulos estampados abaixo das cabinas de rádio e televisão foram apagados.

Um som pra lá de alto abafava a torcida. Música eletrônica, Americana, tudo a ver com um clube de raízes portuguesas. Incessantes 2 horas de música. O clima de batalha deu lugar a clima de festa, de bagunça.

O incrível é que os neovascaínos batiam o pezinho, mexiam a cabeça devagar para um lado e para o outro. Alguns arriscavam uma mãozinha na cabeça e uma mexidinha na cintura a lá Michael Jackson.

Outro detalhe que percebi, foi que as janelas de vidro escuros da famosa sala da presidência estavam fechadas. Costumava avistar um senhor de barriga saliente lá.

Ainda antes da partida, 4 pessoas cruzaram o gramado engravatados. Pareciam seguranças. Perguntei-me, para quê isso? A palavra democracia foi tão bajulada antes da eleição, não fazia sentido.

Começa o jogo e o Vasco parte para cima, correndo como corria na segunda divisão. O problema é que o futebol continuou de segunda divisão. Resultado, 0X0 pífio.

O Caldeirão virou Chaleira!



A torcida, como sempre, tratou de arranjar um culpado. No fundo ela sabia a causa disso tudo, no fundo ela sabia que têm grande parcela de contribuição nisso tudo, mas o ser humano não gosta de admitir que errou. Sobrou para o técnico Gaúcho.

Coitado, como fazer omelete sem ovos?

Volto para casa e fico sabendo que a diretoria morria de rir durante a partida junto ao empresário da Náu vascaína. Será que tiravam sarro com minha cara?

Definitivamente o Vasco não é mais o mesmo! O Caldeirão virou Chaleira e a Chaleira está esfriando.

Onde vamos parar?

12 de maio de 2010

O homem é o lobo do próprio homem.

Diria Galvão Bueno: "Começa hoje a Copa do Mundo"


Essa mesma frase ele sempre usa no 1º e último jogos das eliminatórias, no sorteio dos grupos da copa, na divulgação da lista dos convocados e por fim no jogo de abertura da copa. Sujeitinho chato esse Galvão, não somos idiotas, sabemos que cada um desses eventos tem sua relevância não precisa ficar enfeitando o pavão.


Pois bem, dito isso entremos no assunto do dia, a tal lista. Quem me conhece sabe que não morro de amores por Dunga, mas devo admitir que sob seu comando o selecionado Canarinho tem um belíssimo aproveitamento, mesmo sem dar espetáculo. Dos jogadores relacionados para a disputa da copa - assim como todo torcedor brasileiro - torço o nariz para alguns nomes, não gosto de Doni, Felipe Melo, Julio Baptista e Kleberson. Contudo essa insatisfação pré-copa já é tradição aqui no Brasil, não houve um técnico sequer que tenha passado incólume por esse sentimento coletivo.


Dunga é calejado, vivido, experiente em matéria de grupo e copa do mundo, esteve em 3 copas do mundo (90,94 e 98) presenciou muita coisa nessas experiências. Se tem uma coisa que ele aprendeu direitinho foi a entender que mais do que um bom time é preciso ter um grupo coeso, que se respeite, se goste e que esteja fechado com o comandante e seu objetivo. Ele mesmo disse isso na coletiva de ontem (11/05), quando questionado sobre a presença de Doni, foi taxativo:

"Como posso deixar de fora um cara que brigou com seu clube (Roma) para jogar comigo pela seleção?"

Ou seja, a convocação de Doni é muito mais por afinidade, compromisso, confiança do que por bola. Doni mostrou que estava com ele independente das sanções que sofreria em seu clube e isso selou seu passaporte para a África do Sul.


A seleção de hoje foi formatada nos moldes do time campeão do mundo de 1994, muitos cabeças de área, um craque no meio (na época Raí) e um ataque eficiente, o problema é que em 94 o cérebro do time não funcionou, Raí estava fora de sintonia e, para sorte de Parreira, a dupla de ataque Romário e Bebeto fazia chover. Mas e na atual situação, se Kaká não for na copa o craque que é, será que Robinho e Luis Fabiano darão conta do recado? Dunga aposta que sim, por isso deixou de fora R. Gaúcho e Ganso - devo registrar aqui que concordo com essa decisão - ele ainda há de queimar a lingua de muita gente.




E Adriano, hein? Nunca vi nenhum jogador jogar no lixo uma oportunidade como essa?

Um dos últimos remanescentes da Seleção do Iê-Iê-Iê de 2006, não seu deu conta de que sua batata assava em fogo brando no caldeirão comandado por Dunga e Jorginho. Caldeirão esse que a dupla já havia cozido R. Gaúcho.
 Roberto Carlos e Ronaldo nem precisaram passar pela cozinha, foram esquecidos sem cerimônias e ninguém sentiu falta deles, bom para Dunga que não precisou ficar dando maiores explicações.




Mas uma coisa me chama a atenção no caso do Imperador, será possível que em apenas 27minutos Grafite tenha colaborado mais do que Adriano em três anos e meio? Vinte e sete minutos foi o tempo total que Grafite jogou no amistoso contra a Irlanda em Março desse ano, mais do que isso, Grafite não havia sido sequer lembrado nos últimos 42 meses e aí de repente vira substituto imediato de Adriano. Não tiro a razão de Dunga ao cortar Adriano, o Imperador fez por onde. Mas se puxarmos pela memória antes de Grafite vieram Afonso Alves então goleador do campeonato holandês, Hulk do Porto, Rafael Sóbis ex-Inter... O que me faz pensar que ele nunca quis levar Adriano para a copa, contudo, ele precisava de um nome. Todos os outros atacantes com as características de Adriano não justificariam substituí-lo, mas a boa atuação de Grafite nos 27minutos que jogou contra a Irlanda associada à má fase de Adriano no Fla era tudo o que Dunga precisava.



Dunga deu a Ricardo Teixeira o que havia sido encomendado, excomungou os "bad boys" (Ronaldo, Roberto Carlos, R. Gaúcho e Adriano), montou uma seleção renovada e competitiva.
Alguém tem dúvidas que esse time vai dar samba?


PS. Neymar e Ganso, vocês ainda tem muito pela frente, nos vemos em 2014. Dunga mais uma vez tem razão.

26 de abril de 2010

Pedra, papel ou tesoura.

Poucas horas após tirar o Botafogo da fila e sagrar-se campeão carioca pela sétima vez, o treinador Joel Santana já se via diante de mais uma decisão importante: resolver por qual dos clubes cariocas iniciaria o campeonato brasileiro.





Pedra: Time coeso.

Embora navegue em águas tranqüilas, com moral em alta com a torcida e prestigiado pela diretoria alvinegra, Joel tem a exata noção de quão limitado é o plantel do Glorioso. Ninguém melhor do que ele sabe das inúmeras deficiências que o atual campeão estadual tem em seu grupo. Contudo, Joel sabe até onde pode ir com essa rapaziada e assim como todo torcedor botafoguense, entende que figurar entre os primeiros colocados do brasileirão só é (se tanto) possível até a quarta rodada. Dali para frente um honroso 10º lugar já ficaria de bom tamanho. No Fogão o trabalho já está encaminhado, o grupo, embora não esteja fechado a contratações, está em suas mãos, o clima em General Severiano é de Lua de mel. Todos se respeitam, se gostam, é quase amor mesmo. Então para que sair?


Papel: Dois times num só.

Na teoria – no papel – o time do Fluminense é muito bom. Goleiro e zaga razoáveis, bons laterais, bom meio campo e um ataque jovem e mortal. Mas e daí? Qual é o problema do Flu? Como explicar a demissão de Cuca depois da sensacional reação desse mesmo time no final de 2009. A FLUnimed paga muito bem, o ambiente é bom, os jogadores são disciplinados (dentro de campo, é claro), têm potencial. Mas será que valeria a pena sair do Botafogo, com tudo o que já disse acima, para assumir um time que demite um cara que deveria ter seu busto esculpido em bronze no hall das Laranjeiras? Que segurança seu Natalino (sobrenome de Joel Santana) teria num clube dividido politicamente, que volta e meia tem ameaça de impeachment de seu presidente. Ah! Para quem não sabe o presidente do Flu é o Roberto Horcardes, embora muitas vezes Celso Barros presidente da Unimed-Rio é quem aparenta ser o mandatário do tricolor. Não confundam!
Ir para o Fluminense na atual situação seria uma tremenda barca furada!


Tesoura: Time de costureiras.

Sem ofensas, por favor, o titulo acima é mero trocadilho com o panorama dos últimos 15anos no futebol do Flamengo. Não sou um profundo entendedor do time da Gávea, mas na medida do possível e de meu interesse, posso dizer que da contratação de Romário em 1995 para cá a lambança, muito embora coroada com alguns títulos, deixou de ser exclusividade entre a cartolagem do Fla e passou a ser generalizada. Todos os times do Flamengo nessa última década e meia sempre foram rachados, todos sem exceção. O precursor de toda guerra de egos não poderia ser outro senão o Baixinho que no auge do de seu prestígio com a cartolagem e a torcida, pediu a cabeça de ninguém menos que Wanderley Luxemburgo. Tivemos ainda o racha entre Edílson e Petkovic, Renato Abreu e o resto do grupo que na época o apelidou com a alcunha de “Pelé", tamanha a sua marra. E agora, Adriano/Love/Bruno versus o isolado e marrento Pet (de novo ele!).

Então para que Joel se aventuraria num time que demite seu treinador apenas 4meses após uma conquista que não vinha havia 17anos! Mesmo tendo classificado o time para a 2ºfase da Taça Libertadores? É bem verdade que por obra e (des)graça de seus concorrentes, mas está lá.


Convenhamos, a decisão de Joel não era das mais difíceis. Mas então para que tanto mistério? Calma, eu tenho uma explicação. O desejo de ir para outro clube não era de Joel, mas sim de seu empresário Léo Rabelo (ex-dirigente do Fla), aliás, até poderia ser também dele (Joel), mas essa vontade era muito maior de Leo Rabelo. Afinal, empresário ganha dinheiro negociando seus agenciados, seja jogador ou treinador. Joel parado no Botafogo não rende “nada”. É como mercado financeiro, dinheiro parado numa determinada aplicação é prejuízo. O negócio é movimentação.




O campeonato brasileiro é bastante longo, certamente Joel assim como qualquer técnico não resistirá a 3 ou 4 reveses. Lá pela 16º rodada quem sabe ele não assuma outro grande carioca? O negócio é não perder as esperanças. Calma que o Joel é patrimônio dos clubes do Rio. Tem para todo mundo.


18 de abril de 2010

O Rio ferveu!

É tudo mentira!


Eu sempre disse para não levarmos a sério essa palhaçada que é ranking de torcidas. Eu até já escrevi sobre o assunto. É tudo comprado, não existe instituto sério que possa mensurar a grandeza de uma determinada torcida.

O exemplo clássico é o gigante Botafogo, que sempre aparece como a 13º torcida do Brasil - isso na mais generosa das pesquisas - e vejam só o que constatamos hoje, nunca em toda a história desse país se viu tantos botafoguenses felizes, saltitantes, urrantes.

Ninguém discute que a torcida do Flamengo é imensa, mas hoje sem sombra de dúvidas, pude constatar que a torcida do Botafogo é muito maior! A cada minuto de partida que passava um botafoguense surgia, a cada ataque desperdiçado um alvinegro sofria e quando a pressão se fez maior nós(?) botafoguenses suportamos calados, sofrendo baixinho que era para não dar moral para ao adversário.

Toda família tem um alvinegro, não há um lar que não tenho um representante do Fogão.
E olha o meu aí abaixo

Parabéns Fogão!!! Esse título é nosso!!!


13 de abril de 2010

Ditadura Digital.

Vejam vocês a que ponto chegou a megalomania do Real Madrid...

Sábado, 10 de abril, 17hs (horário de Brasília) tudo pronto para mais um duelo do maior clássico do futebol mundial: Real Madrid x Barcelona. Em jogo não só a liderança do Campeonato Espanhol, mas também o duelo de Messi x C. Ronaldo.



Liguei a Tv em cima da hora, comecei a "sapear" os canais do meu pacote básico de tv fechada e cada canal que passava e não via sinais do jogo a agonia ia crescendo. Conferi canal por canal,  Sportv, Espn, Fox, Cartoon Network – vejam o que o desespero faz...
Desiludido fui até o canal 37 que mostra toda a programação da Net e tava lá: canal 60 Campeonato Espanhol! Putz, eu não tenho esse canal!

Na mesma hora me veio a luz, meu sogro tem um puta pacote de tv. É lá que eu vou assistir, pensei. Chamei minha patroa, mandei ela acionar o velho e avisar que eu tava chegando para fazer companhia a ele naquela tarde. Aviso dado, coloquei de baixo do braço (literalmente) minha filha e corri para lá. Às 17:15 já estava na porta bolinando freneticamente a campainha. Bora, abra logo essa porta, bradei em silencio.
Assim que ele abriu a porta entrei aos galopes com Louise a tira colo, já podia ouvir o grito da galera no Santiago Bernabeu, joguei minha filha em cima de minha sogra e sentei ao lado do coroa. E qual foi minha surpresa quando botei os olhos na Tv? O velho tava assistindo Inter-Milão x Fiorentina! PTP! Tá de sacanagem? Sem perder a ternura perguntei: “Mas e o jogo do Barcelona?”


A resposta não poderia ser mais desanimadora, com a serenidade que compete a um monge budista ele disse: “Acho que não, já passei pelos canais de esporte e nenhum deles tá transmitindo, quer ver?”

E assim ele foi passando canal por canal até chegar no canal 60. E qual foi minha surpresa? Tava passando Porto x Rio Ave pelo campeonato português!

Nervoso, pedi licença, tirei de sua mão o controle e fiz todo o percurso desde o canal do Boi até a Rede Aleluia e nada!



Resultado: tive que assistir a reapresentação do último capítulo da novela das seis com minha sogra e fazer cara de surpresa com aquele desfecho surpreendente com todos muito felizes, a vilão presa e arrependida e blá-blá-blá.

Se servir de conforto, perdi Real x Barca, mas vi Botafogo x Fluminense pelo Cariocão...

Só hoje entendi o que havia acontecido, conversando com meu amigo Leo Mattos (que, diga-se de passagem, há muito não dá as caras por aqui) fiquei sabendo que o pessoal da ESPN-BR explicou que a transmissão do jogo só seria feita por canais de alta definição (HD).


Deve ter sido coisa do Florentino Perez, acho que ele teve receio de mostrarem o Cristiano Ronaldo com imagem retorcida e com isso manchar sua fama de galã. Afinal o cara custou uma fortuna, não seria qualquer mero mortal que poderia pagar para ver aquele topete ao vivo em “low definition”.

9 de abril de 2010

Ato falho

Essa eu vi, aliás, vi e ouvi, ninguém me contou.


Aconteceu ontem logo após o término da partida entre Sport-PE x Ypiranga válida pelo Paraíbão, ou melhor, Pernabucanão. Depois de estar vencendo de virada o Sport na Ilha do Retiro pelo placar de 2 X 1, o bravo Ypiranga cedeu o empate, placar final 2 X 2. O reporter da Sportv, claro!, partiu para entrevistar o jogador de maior expressão da equipe Ypiranguense, o meio campo Rosembrick (ex-jogador do próprio Sport e tantos outros).
Em meio a sua análise do que fora a partida o boleiro disparou com entusiasmo:

" A gente mostrou a qualidade que nosso time tem, por sorte a gente não ganhou esse jogo"



Abaixo segue um link que prova que eu não inventei essa!

http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM1244746-7824-FOSSATI+JUNINHO+PAULISTA+RONALDO+ROSEMBRIK+E+MAIS+NAS+FRASES+DA+SEMANA,00.html

29 de março de 2010

Ao mestre com carinho.

Este post é dedicado a memória de um gênio das letras e do futebol mundial.



Na manhã de hoje perdemos o brilhante jornalista e escritor Armando Nogueira.
Sugiro que ao ler estas poucas palavras, o amigo leitor faça seu respeitoso minuto de silêncio.
Afinal Pelé só tem um, Michael Jordan também, Ayrton Senna idem e no caso de Armando Nogueira não é diferente.

Um gênio na arte de pensar e escrever futebol.

.




 Genialidade em verso e prosa:

O Rei e a bola

"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."


Mané e o drible
 "Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."


Perfeição
 “A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus.”


Habilidade
 "No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica."


Humor
 "Anúncio: troco dois pés em bom estado de conservação por um par de asas bem voadas."


Crítica
"Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão"


Ídolos
"Heróis são reféns da glória. Vivem sufocados pela tirania da alta performance"


Enciclopédia
"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto! Eras um só, Nílton Santos".


Zico
"A bola é uma flor que nasce nos pés de Zico, com cheiro de gol."


O gol
“Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro."

23 de março de 2010

Vai ou racha!

Confesso que não me agrada essa história de demitir treinador toda vez que um time entra em crise. Os últimos anos nos deram mostras de que, inevitavelmente, quanto maior a permanência do comandante à frente de uma equipe, melhor é seu feedback. A relação tempo de casa/resultados expressivos é indiscutível, o trabalho aparece, a consistência é nítida. Isso sem falar que trabalhar sob pressão não é nada agradável, a tranqüilidade, a tão sonhada estabilidade de todo trabalhador brasileiro é algo impagável.



Contudo, creio que até pela fragilidade técnica dos times de menor investimento - incluem-se aí Olarias, Souzas, ASAs e similares- esperava-se mais do time treinado por W. Mancini. O futebol que o Vasco vem apresentando é desanimador. Não se percebe padrão tático, jogadas ensaiadas, jogadas de linha de fundo, bola parada, nada! O time vem jogando como um bando, os confusos jogadores confundem garra com agressividade.


Jogo após jogo o que se vê é um time correndo atrás de seu adversário e do placar adverso. Falta voz de comando dentro e fora de campo. A serenidade de outrora da saudosa gestão Dorival deu lugar ao destempero de Mancini que invade o campo ao fim do jogo com o falso pretexto de dar os cumprimentos ao trio de arbitragem. A nau cruzmaltina mais parece um navio pirata.Por favor, não voltemos aos tempos da truculência!





Os defensores de Mancini se apressarão em dizer que ainda é cedo, mas esse argumento é falho. No mesmo período do ano passado, com jogadores de menor expressão, tecnicamente mais fracos o Vasco tinha um padrão de jogo definido, jogava com e sem a bola e mesmo estando na Série B os adversários nos respeitavam. Três meses já se foram e o time não engrena, afinal o que nos falta? Teria Mancini sentido o peso da responsabilidade?



Tenho plena certeza de que o que ainda sustenta Mancini em seu cargo, por mais incrível que possa parecer, foi a evitável derrota para o Flamengo, melhor dizendo, a tal insubordinação cometida por Dodô naquele embate valeu a Mancini mais um voto de confiança visto que aquela derrota se deveu a um nome com número de camisa. Não fosse isso sua cabeça já teria sido encomendada e devidamente ceifada. E cá para nós, se é para demiti-lo que o faça agora, assim o trauma será menor e teremos perdido apenas o primeiro trimestre desse ano.





Nos arredores de São Januário, não se fala publicamente, mas é tão claro que também nem precisa ser dito, dá-se como certo que a permanência de Mancini está diretamente ligada a um triunfo Domingo diante da bem treinada equipe do Fluminense, mais um revés em clássicos e na partida diante do ASA de Arapiraca pela Copa do Brasil o Vasco estará sendo dirigido por um interino até o desembarque de um novo treinador.



É esperar para ver.

15 de março de 2010

A vida é uma estranha caixinha de surpresa.

Depois de ter entrado em rota de colisão com a diretoria do Internacional, ter declarado que não jogaria pelo time gaúcho, ter sido posto de lado treinando em separado do restante do elenco, ter aberto mão de jogar a Taça Libertadores da América, depois de quase ir parar no Atlético Paranaense, mesmo depois de ver a direção do Vasco dizer que desistia oficialmente de sua contratação. Eis que na última sexta-feira, 12 de Março, aproximadamente cinco meses longe do clube da Colina, a novela Ramon teve enfim seu último capitulo. Numa jogada de mestre (?), sei lá de onde saiu essa grana,  o promissor lateral esquerdo é anunciado oficialmente como o mais novo reforço do Vasco.




Poucas vezes vi situação parecida com esta, ainda mais vinda de um jogador de futebol. Caso raro! E no fundo no fundo, dou razão a ele. O cara tava lá encostado no Sul sem jogar, desacreditado por todos, quando recebe um convite para jogar no Rio num clube afundado em crise, aceita o desafio, reescreve a história dessa instituição reerguendo das cinzas não só um time, mas também sua torcida. E justo na hora de colher os louros da glória é obrigado a voltar para a "terra" que o renegava.



De início achei que Ramon acabaria por ceder, mas quando o jogador quer uma coisa não tem contrato que o impeça de sair.


Espero que Ramon reedite seus bons momentos vividos, principalmente no início, em 2009.

Seja muito bem vindo!



http://www.dailymotion.com/video/xl227_programa-do-jo-joseph-climber_news



"Luz acesa
Me espera no portão
Pra você ver
Que eu tô voltando pra casa
De vez!"

11 de março de 2010

¿Por qué no te callas?

Que ótima oportunidade de ficar calada, a esposa de Kaká perdeu...

Reproduzindo o que o assessor de imprensa Diogo Kotscho escreveu em seu twiter, Carolina Célico esposa do galáctico Kaká, colocou seu marido no mínimo numa situação embaraçosa.


A aspirante a Aline Barros enfiou os pés pelas mãos e deve ter levado uma senhora “comida de rabo” do marido, no sentido literário é claro, afinal a sodomia é pecado e a igreja condena.


Kaká por sua vez correu para desfazer o mal estar que foi envolvido. O cara não tem culpa de ser casado com uma adolescente papagaio de pirata e de ter um assessor que fala mais do que deveria.


Como bem diz o ditado: Quem fala demais dá bom dia a cavalo!




"Técnico covarde sempre tira um jogador cobrado para tentar tirar o foco da própria incompetência", escreveu Kotscho no Twitter, palavras repetidas no perfil de Carolina”





“Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer”

Burro com sorte.

Impressionante como os volantes do Fla insistem em tentar complicar as coisas.

Uma hora a coisa vai desandar, nem todo time é tão fraco quanto o de ontem ou o da primeira rodada da Libertadores.
E não venham me dizer que eles entraram na catimba. Chilenos e Venezualanos são tão "inocentes" quanto nós brasileiros. Catimba é coisa de argentino e uruguaio.
Tá faltando inteligencia.

10 de março de 2010

Vai dar Flamengo!

Dessa vez sem analogias e títulos sagazes, afirmo categoricamente que nos jogos de logo mais contra o Caracas e Domingo diante do Vasco, o Fla vai levar a melhor. E é muito fácil afirmar isso, não precisa ser nenhum gato mestre para saber que o Caracas não é ninguém para impor dificuldade ao Flamengo, mesmo jogando nas terras de Chávez e com Adriano se recuperando da última ressaca. No dia em que tivermos de temer um time venezuelano estaremos à beira do fim dos tempos.


Apesar de torcer ardentemente para que o contrário aconteça, acho que o rubro-negro vencerá o clássico de fim de semana. É necessário usar a razão e admitir que o Flamengo é favorito sim. Sem essa de “clássico não tem favorito”.


O Vasco de hoje não é nem sombra do time que começou a temporada de 2009, e olha que a versão 2010 tem muito mais nomes badalados, falta muita coisa. Faltam laterais, entrosamento, vontade e o principal: Mancini nem de longe lembra Dorival Jr.


Muita coisa foi mexida de 2009 para cá, o time mais parece um bando. A falsa idéia de que tínhamos um time competitivo caiu por terra depois da derrota para o Botafogo. Sem Fagner, machucado, e Souza, suspenso, o time perde muito poder ofensivo e qualidade na saída de bola, mais do que isso, as respectivas entradas de Elder Granja e Paulinho propiciam ao Flamengo certa facilidade pelo lado direito de ataque, visto que Granja não apóia e Paulinho não marca um poste parado.


Prato cheio para o retorno de Adriano se reabilitar do porre, nesse caso não me refiro ao álcool, mas sim a aporrinhação que a imprensa fez do último barraco vivido por ele.





Uma boa atuação diante de seu maior rival e pronto(!), estará encerrado mais um capítulo dessa dramalhão.
O Fla não vive nenhuma crise, a imprensa gosta de fantasiar - vender é preciso!- e Adriano é isso aí: whisky com Red Bull, baile funk na Chatuba e bola na rede! O Vasco que se cuide, Mancini que ponha suas barbas de molho, pois se der a lógica... Sei não, mas a era Mancini pode ser abreviada no Domingo.

6 de março de 2010

Se pediu, aguenta!

Essa novelinha do Adriano já deu...


Que historinha mais chata! Aborreceu-se com a namoradinha, perde a vontade de jogar futebol. Se fazem as pazes, a bola volta a ser sua melhor companheira, seu instrumento de trabalho, sua vida.

E o pior é que ainda tem gente que leva esse cara a sério. Aposto que amanhã terá um psicólogo no Fantástico para explicar o "drama vivido pelo garoto" Adriano.



Quero ver ter vontade de largar a pelota nos tempos em que o Imperador não passava de Scooby Doo no início de carreira no Flamengo. Agora é mole fazer beicinho. Montado na grana qualquer um faz charminho. Às favas, Adriano! Não enche!







E até parece que essa mulher não sabia que a vidinha do Adriano é ficar ostentando riqueza e prestígio no Complexo do Alemão. Assim como Adriano, ela também bate o pé, vira a cara, mas quando a coisa aperta reata com o favelado milionário craque da Gávea. Quem mais poderia dar a ela o que Adriano dá? Não estou nem falando de grana, me refiro à visibilidade que ela teve depois de bancar a mulher madura, mãe de família que não suporta mais viver essa rotina de ter que buscar o namorado na favela, como ela bem já disse.





A última vez que Adriano ameaçou largar o futebol, na minha visão uma ação orquestrada por seu agenciador Gilmar Rinaldi, deu um belo migué na Inter de Milão e veio jogar - e ser campeão - no Flamengo. Estaria Rinaldi planejando o próximo destino de seu mais rentável pupilo?



Só um detalhe, o justo Dunga está de olho. Com Ronaldinho Gaúcho batendo a porta, essa brecha pode ter vindo a calhar.





Novela Adriano por  Lenine...



Tá cansada, senta
Se pediu, agüenta

Se sujou, cai fora
Não tá bom, melhora

Se tá puto, quebre
Corra atrás da lebre

Se é verdade, jure
Quer saber, apure

Engrossou, se meta
Não se submeta ...

*Fragmentos retirados da Canção "Do It" de Lenine e Ivan Santos.

Traje a rigor.

Essa é mais uma daquelas que não podem passar em branco.




Todos já devem ter visto na internet a matéria sobre um grupo de torcedores portugueses que estão em campanha para que os jogadores do seleto lusitano ostentem um vasto bigode durante a Copa do Mundo. Alegando descaracterização de suas raízes, os gajos pretendem conseguir apoio popular e levar essa piada, digo, essa idéia a frente. Pegando gancho nessa iniciativa, sugiro que o bigode, bigode de verdade, aquele imponente, seja tombado como patrimônio cultural do povo da terrinha.




Já pensou se essa moda pega? Escoceses jogariam de saias, mexicanos de sombreros, jamaicanos de Dreadlock...





Ah, podemos incluir no uniforme dos portugas mais um peculiar acessório indispensável: as tamancas.



2 de março de 2010

Ócio criativo

Essa vale o registro...







Estávamos conversando no ambiente de trabalho Júlio, Leandro José (que aqui atende pela alcunha de Léo Mattos) e eu. Falávamos de futebol, nada muito complexo. Comentários sobre a última rodada, o título do Botafogo e etc...


De repente, timidamente, Júlio que, diga-se de passagem, não é leitor deste humilde blogueiro (portanto não estou fazendo média com ninguém), tascou essa:

 "Não sei se vocês concordam, mas para mim o Joel Santana está para o futebol assim como o Tim Maia está para a música."






Nesse momento Leandro e eu nos entreolhamos, e na mesma hora pensei:



"Putz! Como não pensei nisso antes?!"

 O Leandro ainda levou tempo para aceitar a afirmação, mas depois de longos dois minutos deu o braço a torcer admitindo que a analogia havia sido certeira.





Dias depois perguntei ao Júlio se ele havia ouvido isso de outra pessoa ou se era idéia dele. Ele jura que saiu de sua cabeça.


A falta do que fazer é F#d@!


Pagando bem, que mal tem?

Na semana passada recebi um e-mail do amigo Rafael Maia que hoje traga à discussão.





Nele havia um link do site futeweb.net com uma matéria no mínimo contraditória. Datada do dia 03 de Janeiro 2009, uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP), alçava o Vasco ao posto de 3º colocado no que diz respeito a número de torcedores no Brasil. Esse resultado foi divulgado poucos meses após o IBGE ter posto o Vasco na 5º colocação nacional, ficando atrás de São Paulo e Palmeiras.


O velho caudilho Eurico Miranda cansou de bradar aos quatro ventos que a torcida do Vasco só seria menor que a do Flamengo. Particularmente, não acho que chegue a tanto. Mas penso que esse resultado da USP é o que melhor se aproxima da realidade. Eu, por exemplo, estive no Nordeste em 2008 e o que vi pelas ruas era adesão em massa aos times do Rio (em especial ao Flamengo, é claro) e ao Corinthians.


 
Mas números à parte, não escrevo esse post para debater quem é maior ou menor. Até por que, número de torcedores não ganha jogo, do contrário a China seria a maior campeã mundial de futebol e, no entanto, os chineses são somente os 87º no ranking da FIFA.
 
O que proponho é uma análise fria dos interesses por trás dos tais institutos de pesquisa. Nunca vi resultado desfavorável a quem encomenda esses levantamentos.



Afinal, quem é que audita esses “sensos”? Os próprios clientes?


Como explicar tamanha disparidade nos números apresentados por essas instituições, que se intitulam como “idôneas”?


Fico com a impressão de que alguns institutos que fazem “pesquisas sérias” usam por baixo do uniforme de trabalho a camisa do clube, partido político ou marca de laticínio que o contratou. Levam ao pé da letra a máxima de que “o cliente tem sempre razão”.



Imagino como é feita a tal encomenda de pesquisa de opinião:

O cliente liga para o Ibope, por exemplo, pergunta quanto custa para fazer o tal levantamento. O cara do Ibope dá o preço.
Do outro lado da linha o cliente barganha: Mas, tudo isso? Por esse preço o Datafolha me garantiu 5 pontos percentuais de vantagem sobre o 2º colocado. O que você pode fazer? Hum, 7 pontos são 7 pontos, né? Ok, vou ligar para o Data Sensus e ver o que eles têm a me oferecer. Qualquer coisa, volto a te ligar. Obrigado.

As conclusões diferem por que são indícios sintomáticos de um determinado grupo consultado ou por que atendem a clientes diversos?



Nessa hora a isenção dá lugar ao tendencialismo, levantando dúvidas sobre a lisura do processo de pesquisa.
Você conhece alguém que já tenha respondido a essas pesquisas?
Cada vez mais me convenço de que os indicadores são o retrato fiel do poder de investimento de seus apontados, ou seja, o resultado da pesquisa está diretamente ligado ao interesse de quem paga a encomenda. Sendo ainda mais claro, se é que é preciso, em muitos casos o 1º colocado ou o candidato que mais cresceu nas pesquisas de opinião invariavelmente é o solicitante da consulta. Uma verdadeira prostituição de resultados.



No caso da USP, não vejo a quem interessaria esse resultado, visto que a instituição é não têm fins lucrativos e é de São Paulo. A menos que a USP seja uma universidade que atende aos interesses do Timão. O que é uma grande piada (minha).



***Maia, valeu pela deixa.


23 de fevereiro de 2010

Nação envergonhada.

Na semana passada caiu como uma bomba a notícia de que um dirigente do Flamengo altamente graduado está sendo acusado categoricamente de ter sido visto por uma testemunha praticando atos libidinosos com uma criança de 10anos de idade. Segundo consta a denúncia, o até então anônimo pedófilo além de pagar a quantia de R$ 100,00 para acariciar os órgãos genitais de suas inocentes vítimas, teria feito compras nas butiques da Gávea como forma de agrado as suas vítimas. O caso está sendo investigado pela Polícia.





A testemunha, comerciante dos arredores da Gávea, afirma ter sido ameaçada de morte por dois homens que foram a sua loja dar o "recado". Afirma ainda que recebeu um telefonema de um ex-dirigente do Flamengo que a aconselhava a não se meter com isso.



A presidente do clube Patrícia Amorim se vê de mãos atadas. Sua vontade era demitir sumariamente o "suposto monstro", a questão é que o caso ainda não foi julgado pela justiça, portanto o sujeito é considerado "suposto" e ninguém pode ser condenado por uma simples suposição, ou seja, imaginemos a seguinte situação: O cara é demitido, exposto a execração pública. A nossa eficiente justiça, dez anos mais tarde arquiva o processo por falta de provas. A primeira medida que o réu absolvido tomará é de pedir uma tremenda indenização ao Flamengo por todos os transtornos causados. Aliás, segundo informações da imprensa, esse mesmo dirigente foi processado em 1988 por atentado violento ao pudor, contudo seu processo foi arquivado 1992 pela tal "falta de provas".



Há ainda uma outra questão que impede a mandatária rubro-negra de tomar qualquer decisão. Ocorre que o tal pedófilo é um dos grandes credores do Flamengo. Temendo ser acionada na justiça para o pagamento da dívida, Patrícia foi aconselhada pelo departamento jurídico do clube a não tomar nenhuma medida a fim de evitar que a atual dívida que agora em torno de R$ 400 milhões venha a se tornar ainda maior no seu primeiro trimestre de mandato.









O caso é delicado, mas não se pode tapar o Sol com a peneira. A denúncia é grave, deve ser apurada minuciosamente e se confirmada a acusação esse sujeito, de nome ainda preservado pela imprensa, deve ser punido de forma exemplar!






A imagem da administração do Flamengo fica maculada, o nome do clube é arranhado, os patrocinadores devem pressionar para que o caso seja resolvido o quanto antes, afinal, ninguém quer ver sua marca associado à pedofilia. Espero que essa pressão não acabe por terminar em pizza. Tomara que ninguém venha levantar dúvidas sobre a inocência das crianças ou da "fragilidade" do dirigente. Pedofilia é crime hediondo e deve ser punido como tal. Cadeia para quem comete esse abuso! Seja quem for, o dirigente figurão ou o porteiro pobretão, tem de pagar por essa atrocidade. Um crime não só contra a criança, mas também contra a sociedade.

Parabéns a esssa honrada e corajosa voz que não se calou!


 
 
"Polícia para quem precisa de polícia"

22 de fevereiro de 2010

Esse Joel...

Deu vontade de falar, fale! Pensou em escrever, escreva! Não deixe para Domingo após o fim do jogo aquilo que você de certa forma pressentiu.



Eu sei que de nada vai adiantar dizer que eu queria enfrentar o Flamengo na final, mas essa preferência é uma questão lógica. O Fla vem levando vantagem sobre o Vasco na última década, ou melhor, nos últimos dez anos, contudo, a história desse derby aponta para um equilíbrio. Por outro lado, desde que eu me entendo por gente, assisti a duas finais entre Vasco e Botafogo e em ambas as partidas o Alvinegro levou a melhor. Em 1990 o Fogão venceu por 1 x 0 levantando o caneco do Estadual e em 1997 a sina se repetiu, com direito àquela patifaria feita por Edmundo - um prenuncio do que hoje viria a ser o hit baiano "rebolation".


Até outro dia pensava ser eu o azarado, mas não, a história é ainda mais complexa. Apesar de ser o maior freguês do time da Colina, o Botafogo jamais perdeu uma decisão para o Vasco. Isso é que é tabu!






Para analisar a partida de hoje, preciso remeter ao jogo entre Botafogo e Flamengo. Já naquela partida o Fogão mostrava qual seria seu plano para levantar a Guanabara. Méritos a Joel Santana, que teve a humildade de admitir publicamente que seu time era inferior tecnicamente frente a Flamengo, Vasco ou Fluminense. Fosse quem fosse o adversário, a tática estava traçada: Antes de atacar, defender, mas defender-se de verdade. Montou um time com três zagueiros, três cabeças de área e apenas um lateral de ofício, adaptando um cabeça de área na lateral esquerda. Sete jogadores compunham a defesa, isso sem contar quando Loco Abreu e Herrera não davam uma mãozinha. O ferrolho estava armado.

Resultado:
A exemplo do que fizera o Fla, o Vasco jogou com um certo salto alto. A diferença é que o rubro-negro criou mais oportunidades de gol e as perdeu. O Botafogo jogou sério, limpo, na bola. Algumas vezes ganhou no grito, como Marcelo Cordeiro fez com Philipe Coutinho que abusou de dribles pouco objetivos e jogadas de efeito que não funcionaram. O time de Joel sabe de suas limitações e por isso jogou para vencer.


A partida foi feia, mas quem disse que jogo de final é bonito? Inúmeros passes errados, erros grosseiros, faltas duras, pênalti não marcado e expulsões. Teve de tudo. O Botafogo abriu mão da posse de bola, mas não de jogar. Jogou à sua maneira, defendendo-se e levantando a bola na área em toda a oportunidade que surgia. Se desse, até o goleiro Jéferson levantaria um tiro de meta na área do Vasco. O Botafogo mereceu vencer até com certa folga, não fosse a fragilidade técnica de seu ataque o placar poderia ser mais confortável.  A dupla Loco-Herrera supri a técnica com muita garra.



Parabéns ao Botafogo, pois além de ser campeão, garantir vaga na final do Estadual, derrubou um dos últimos times invictos do Brasil. Agora é torcer para o Vasco chegar novamente a final, por que se assim for, o Fogão já pode colocar a faixa de campeão no peito. Êta tabuzinho indigesto!


Ah, já ia me esquecendo... Eu previ esse troco logo após aquela sonora goleada, lembram?


"Não assisti a esse jogo, mas assisti aos 4 x 1 aplicados pelo Vasco no ano passado em cima desse mesmo Botafogo e lembro que, mais tarde, no turno seguinte o troco foi impiedoso naquela fatídica semifinal da Taça Rio em que Maicossuel lavou a alma alvinegra. Em outras palavras: Já vi esse filme. Se existe time predestinado ao improvável, este é o Botafogo."



Ps.: É meu caro RAC, não teve jeito, vou ter de pagar o pirulito que apostamos.


"Roda mundo, roda gigante

Roda moinho, roda pião

O tempo rodou num instante

Nas voltas do meu coração..."









12 de fevereiro de 2010

Que o fim justifique os meios.

Pegando carona no tema já abordado no último post, quero deixar registrados alguns de meus pitacos.


Desde o começo sou um dos corneteiros que mais criticou a escolha de Dunga  para o cargo, mas como todos devo admitir que contra os números não há argumentos.


Contudo, existem alguns itens que devem ser levados em consideração. Entendo que Dunga tem em alguns jogadores total confiança, entretanto, é preciso esquecer a seleção como um todo - que vem funcionando muito bem - e analisar os setores do time.
O que quero dizer é que o time vem ganhando, mas será que todos os setores estão no mesmo patamar de excelência?


A lateral esquerda, por exemplo, é um setor que não tem um titular absoluto, mesmo estando há poucos meses do início da Copa. Outra questão é alguém para substituir Káká. Não estou fazendo loby por R. Gaúcho, pelo contrário, mas não podemos confiar a responsabilidade do meia madrilenho a Júlio Baptista.









Lateral direita, zaga e ataque estão muito bem servidos tanto com titulares e reservas, outras posições carecem de reservas à altura. É como se a gigante Microsoft trabalhasse sem um backup de seus servidores. Já imaginou o dia em que der uma pane nos computadores da empresa ou Furnas tiver de operar com 50% de sua capacidade energética?


Em outras palavras, jogar com Luis Fabiano ou Adriano é a mesma coisa. São jogadores diferenciados que vivem momentos únicos em suas carreiras. Um é backup do outro. Mas Júlio César é infinitamente melhor do que Doni - Quem é Doni? - que, aliás, não é titular nem mesmo na Roma. Goleiro é uma posição que precisa atuar, não pode ficar parado.


Dunga tem sido coerente, mas não muito inteligente.



Vai dar tudo certo, a fórmula é a mesma adotada por Felipão em 2002, muito trabalho e nada de "oba-oba". A seleção brasileira é favorita pelo simples fato de não saber que é. Ao contrário da última Copa, essa seleção prima por ter seus "pés no chão".







"Aponta pra fé e rema..."



***
Semana que vem, vai ser lançada aqui a camisa - que os europeus conheceram antes da gente - que a seleção brasileira usará na Copa.

Pegando um gancho no mau gosto que é peculiar a fabricante Nike, sugiro que o uniforme seja usado com os seguintes adereços: