23 de fevereiro de 2010

Nação envergonhada.

Na semana passada caiu como uma bomba a notícia de que um dirigente do Flamengo altamente graduado está sendo acusado categoricamente de ter sido visto por uma testemunha praticando atos libidinosos com uma criança de 10anos de idade. Segundo consta a denúncia, o até então anônimo pedófilo além de pagar a quantia de R$ 100,00 para acariciar os órgãos genitais de suas inocentes vítimas, teria feito compras nas butiques da Gávea como forma de agrado as suas vítimas. O caso está sendo investigado pela Polícia.





A testemunha, comerciante dos arredores da Gávea, afirma ter sido ameaçada de morte por dois homens que foram a sua loja dar o "recado". Afirma ainda que recebeu um telefonema de um ex-dirigente do Flamengo que a aconselhava a não se meter com isso.



A presidente do clube Patrícia Amorim se vê de mãos atadas. Sua vontade era demitir sumariamente o "suposto monstro", a questão é que o caso ainda não foi julgado pela justiça, portanto o sujeito é considerado "suposto" e ninguém pode ser condenado por uma simples suposição, ou seja, imaginemos a seguinte situação: O cara é demitido, exposto a execração pública. A nossa eficiente justiça, dez anos mais tarde arquiva o processo por falta de provas. A primeira medida que o réu absolvido tomará é de pedir uma tremenda indenização ao Flamengo por todos os transtornos causados. Aliás, segundo informações da imprensa, esse mesmo dirigente foi processado em 1988 por atentado violento ao pudor, contudo seu processo foi arquivado 1992 pela tal "falta de provas".



Há ainda uma outra questão que impede a mandatária rubro-negra de tomar qualquer decisão. Ocorre que o tal pedófilo é um dos grandes credores do Flamengo. Temendo ser acionada na justiça para o pagamento da dívida, Patrícia foi aconselhada pelo departamento jurídico do clube a não tomar nenhuma medida a fim de evitar que a atual dívida que agora em torno de R$ 400 milhões venha a se tornar ainda maior no seu primeiro trimestre de mandato.









O caso é delicado, mas não se pode tapar o Sol com a peneira. A denúncia é grave, deve ser apurada minuciosamente e se confirmada a acusação esse sujeito, de nome ainda preservado pela imprensa, deve ser punido de forma exemplar!






A imagem da administração do Flamengo fica maculada, o nome do clube é arranhado, os patrocinadores devem pressionar para que o caso seja resolvido o quanto antes, afinal, ninguém quer ver sua marca associado à pedofilia. Espero que essa pressão não acabe por terminar em pizza. Tomara que ninguém venha levantar dúvidas sobre a inocência das crianças ou da "fragilidade" do dirigente. Pedofilia é crime hediondo e deve ser punido como tal. Cadeia para quem comete esse abuso! Seja quem for, o dirigente figurão ou o porteiro pobretão, tem de pagar por essa atrocidade. Um crime não só contra a criança, mas também contra a sociedade.

Parabéns a esssa honrada e corajosa voz que não se calou!


 
 
"Polícia para quem precisa de polícia"

2 comentários:

  1. Parece que tudo isso vai terminar em pizza.
    O garoto citado no texto negou que tenha sido violentado sexualmente.
    Estranhamente, em vários casos, acontecem reviravoltas como essa. Creio que as vítimas sucumbem a compensações financeiras oferecidas pelos réus (leia-se suborno).
    Como diria Bóris Casoy, "isto é uma vergonha!"

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  2. A exposição pública, que a vítima desses casos sofrem, é danosa ao processo investigativo. Ninguém quer ficar taxado como "violentado", aliado a isso, uma boa "compensação financeira" sepulta de vez a possibilidade de um julgamento sério. É lamentável, mas de certa forma entendo o lado da vítima.

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